Sem casas não haveria ruas - Embruxalados

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A 4.ª sessão do ciclo Sem casas não haveria ruas dá a conhecer Embruxalados, contos de Maria Morais inspirados na cultura popular portuguesa, em episódios de tradição oral, superstições de família e algumas fantasias próprias. Neles se fala de bruxas(*), mulheres condenadas, almas penadas, lobos enganados, cabras monteses e certos fenómenos normais, anormais e para-normais relacionados. No fundo, são todos sobre mulheres. Apareceram assim e vieram todas com música e com música terão de ser contadas no dia 29 de Maio, às 18h30, na Fundação José Saramago.
(*) BRUXAS, s.f. Diz-se das mulheres que sendo normais do ponto de vista anatómico, fisiológico e psicológico, mas não raras vezes possuidoras de uma inteligência, sensibilidade, autonomia e habilidade acima da média, viram costas às regras do mundo e se deixam levar pelo diabo, a fim de poderem participar em convívios profanos, passear sozinhas à noite pelos outeiros, dançar, cantar e arejar as partes pudibundas do seu corpo sem restrições.
Maria Morais é lisboeta de nascimento e portuguesa de temperamento. Recolectora de memórias por instinto e restauradora de coisas e mundos por convicção, ainda não se sente uma contadora de histórias, estatuto que deseja que chegue com a idade. Assume-se, para já, como historietadora, uma espécie de pessoa que investiga, cria, encena, cenografa e interpreta historietas tendo como propósito a expressão individual, a fixação de memórias, a integração na comunidade e a partilha subjectiva e imponderável de coisas várias, mais ou menos poéticas.
Aqui podemos ouvir Branca de Neve por Maria Morais, uma das sete histórias que adaptou para o tempo rápido da rádio, onde se estrearam em Maio de 2012, na antena da TSF, juntamente com outros contos recolhidos pelos Grimm e adaptados por António Fontinha, Cristina Taquelim, Rodolfo Castro e Thomas Bakk. Os contos radiodifundidos foram depois reunidos na edição 35 contos dos irmãos Grimm, 5.º título da colecção "HOT– Histórias Oralmente Transmissíveis", parceria da BOCA com o IELT – Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, e o 3.º da secção BOCA Júnior – para crianças de todas as idades.
Relatos praticamente verdadeiros
O ciclo "Sem casas não haveria ruas" é uma parceria entre a Fundação José Saramago, a Casa Fernando Pessoa e a BOCA. A entrada é livre.



Alacazém zém,
ziriguidi di di
A festa está aqui, 
a festa está aqui!

Momento de boas-vindas ao bar do Teatro Maria Matos, enquanto crianças se sentavam na 1.ª plateia do chão para assistir à aguardada estreia do teledisco da canção Truz-truz, faixa 9 do CD de Poemas para Bocas Pequenas.
Digna de um grande ecrã, a curta-metragem conta a história de como conseguimos enganar a morte com a "dança da panela", coreografia de Sílvia Real, e mais dois ou três truques de cinema
 Óscar, um dos carismáticos heróis do filme, em grande plano
A confissão de amor à primeira escuta da gravação do recital Poemas para Bocas Pequenas, que Margarida Mestre em boa hora enviou à BOCA
Susana Menezes, responsável pela programação do TMM para crianças e jovens, partilhou a emoção de ver transposto para livro e CD o recital que há dois anos desafiou Margarida Mestre a fazer
Carla Maia de Almeida sublinhou a diferença de um trabalho feito com as crianças [parte dos poemas foram escritos a partir de conversas com meninos do pré-escolar da Voz do Operário mediadas por Dina Mendonça]. Aqui se encontra muita da "contra-cultura das crianças face aos adultos, a alguns adultos, e ao seu tempo estreito e formatado". Dessas conversas resultaram os jogos "para fazer" e "para pensar" que juntámos a cada poema e que prolongam para além da escuta e da leitura o efeito destes Poemas para Bocas Pequenas.
João Bonifácio falou da música de Poemas para Bocas Pequenas, que começa nos poemas, musicais, e passa por vários géneros e estéticas. "De uma faixa como No corpo acontece, em que toda a música é feita com voz, boca, palmas e percussão corporal, passamos para o ambiente jazzy de Ser avião, sem nunca transigir com facilitismos."
Alguns dos amigos que vieram festejar connosco. 
E para fechar a tarde em grande, a música, antes da champanha e dos autógrafos
A Margarida Mestre e a António-Pedro juntaram-se os membros da novíssima Banda do Tacho

Alacazém zém zém
Ziriguidum dum dum
Vivam todos e cada um, 
vivam todos, um a um!



Dia 1: 2 de Maio, Montijo
António-Pedro e Margarida Mestre e um grupo de cúmplices montijenses fugiram da Morte (Nicolas Brites) num sábado soalheiro


Dia 2: 3 de Maio, Prazeres
A Banda do Tacho, a malta da produção e 50 intrépidos que num domingo chuvoso de fim-de-semana comprido e dia da mãe dançaram a dança da panela, coreografia de Sílvia Real, no teledisco de Truz-truz, uma das 14 faixas de Poemas para Bocas Pequenas. Obrigada a todos!

Realização: António-Pedro, Câmara: João Vaz, Produção: Patrícia Almeida e João Miranda,
Música: Rebeca, Simão, Francisco, Gaspar, Moz, Nuno, António-Pedro e Margarida Mestre,
Fotografia: Nuno Morão e Oriana Alves.


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