A rosa e a couve-flor


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"A rosa e a couve-flor", de que aqui publicamos um excerto, inspira-se na tradição oral (no caso uma anedota), tal como a maioria das histórias de Thomas Bakk, também chamado "O Senhor dos Cordéis".

É um dos sete contos bakkianos que compõem o audiolivro O Mistério do Coiso e outras histórias, uma edição da BOCA, com narração de Thomas Bakk, arranjos musicais de Nuno Morão, ilustração de Nuno Saraiva, arranjo gráfico de Isabel Pires Vieira, textos de Carlos Nogueira e Thomas Bakk, gravação e edição de Oriana Alves e mistura e masterização de Pedro Magalhães, no Golden Pony Studio.

Trata-se do
primeiro volume da colecção HOT - Histórias Oralmente Transmissíveis, uma edição apoiada pelo IELT - Instituto de Estudos de Literatura Tradicional e que será lançada no Contemfesta 2010.


(...) Thomas Bakk é um poeta popular moderno; licenciado, por
sinal, como acontece com muitos cordelistas brasileiros. A sua
memória dialoga com a memória da tradição oral sem qualquer tipo
de preconceito; usa temas, motivos e formas de expressão típicas da
poética oral e popular, e reinventa os códigos estéticos e éticos dessa
tradição.

A voz de Thomas Bakk é imediatamente reconhecida como
tradicional mas a sua natureza profunda é individual e moderna. Voz
pessoal e voz de todos. O efeito de fala dos seus versos, o tom de cantoria
e improviso, é o que primeiro assegura a adesão do leitor ou
do ouvinte e espectador. Indiferente às acusações ou ao silêncio dos
que vêem na sua produção uma degenerescência do cordel genuíno,
ele inspira-se em diversos géneros (conto, romance tradicional,
anedota…) e subverte textos tradicionais; revela o nosso mundo e cria
outros horizontes, outros mundos. (...)

in A fabulosa história do Senhor dos Cordéis, de Carlos Nogueira
(IELT-FCSH)


Da contracapa

Quando a minha filha veio há vinte anos ao mundo, eu pensei em escrever algo talvez profundo. O texto saiu p’lo meio e aquilo que sem querer resultou de tudo isto, foi o “Peido, logo existo”, que a BOCA faz renascer. Quando ouvi dizerem cá: “foda-se”, então pensei, deve ser com ph; Assim escrevê-lo-ei, p’ra falar da burocracia que existe em Portugal, da síndrome da hipocrisia de se portar bem ou mal… E o “Phoda-se” assim nascia, com a voz de Deus no final, mandando a BOCA, em defesa dessa luso-brasileira rica língua portuguesa, que nos torna especiais. Quem de nós não diz asneira, se não diz, é porque faz. Quando escutei certa vez o “coiso” da língua falada em bom calão português, achei que tinha piada levar o assunto a sério. A história ficou pronta e assim nasceu “O mistério do Coiso”, que a BOCA conta e reconta em som estéreo. Quando estava eu um dia na esplanada da Ribeira, sem saber o que fazia, vi passar à minha beira uma lindíssima micha muita boa numa mota. Pensei logo numa asneira e adaptei a anedota: “Um amor de lagartixa”, que a BOCA não faz batota e conta de forma brejeira. Quando resolvi falar do que há de mais profano no património oral do legado transmontano, nasceu “O Trasgo e o rasgo”, um conto em que eu não me engasgo com a BOCA de contar para o povo lusitano! Quando pensei, de repente, em falar de quem se acha melhor do que toda a gente, peguei no lápis, borracha e lembrei-me da anedota que ouvi contar um senhor. Escrevi rapidamente: “A rosa e a couve-flor”, que a BOCA nunca se esgota e conta-nos sem pudor. Quando pensei em contar uma história de amor, com a qual pudesse abordar as intrigas de poder que chafurdam uma nação, resolvi ser co-autor e comecei a escrever uma nova adaptação de um rimance português, chamado nesta versão: “Romance de Pedro Alemão”, que a BOCA traz desta vez. TB



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