Eles, os de Orpheu, quatro deles, nas vozes de Guilherme Mendonça, Miguel-Manso, Nuno Moura e JP Simões. Registo da terceira sessão do ciclo "Sem casas não haveria ruas".
Guilherme Mendonça leu Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa, poema interseccionista publicado na Orpheu 2 (Abril-Maio-Junho de 1915).
Miguel Manso leu Atelier, novela "vertígica" de Raul Leal publicada na Orpheu 2.
Nuno Moura leu poemas de Ângelo de Lima (Orpheu 2), não sem antes entoar o chamamento que escreveu para convocar o poeta padrinho das suas três editoras (Mariposa Azual, Mia Soave e Douda Correria).
Nuno Moura pediu ainda a melodia emprestada aos Osso Vaidoso e cantou o soneto de Ângelo de Lima Pára-me de repente o pensamento.
JP Simões leu uma "versão trinchada" de Opiário, poema de Álvaro de Campos, o "engenheiro junkie", publicado na Orpheu 1 (Janeiro-Fevereiro-Março de 1915).
A propósito do espírito que animou a criação da revista, JP Simões lembrou uma história segundo a qual a certa altura terá havido um erro de impressão que transformou "maneiras e formas" em "maneiras de formas" sobre o qual Sá-Carneiro terá dito "óptimo porque assim fica ainda mais esquisito". "Acima de tudo Orpheu era um grupo de rapazes de 20 e poucos anos a publicar textos escandalosos e incompreensíveis, textos que nalguns casos continuam a ser intangíveis."
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